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sábado, 18 de outubro de 2008

Mensagem da Igreja

Amados Irmãos,
Este blog tem a finalidade de aproximar os Santos estreitando a comunhão para juntos ganharmos mais das riquezas de Cristo. Desfrutando das verdades que nos foram ocultadas mas que hoje o Senhor nos tem revelado, aquilo que está em seu coração Cristo e a igreja verdades estas mantidas vivas, ao longo dos tempos, nos corações daqueles que verdadeiramente amam o Senhor. Aqui vocês encontrarão muitas Mensagens e irão compartilhar dessa visão maravilhosa sobre a unidade da igreja, em textos, áudios e vídeos, de Diversos irmãos. Para a Edificação do Corpo de Cristo!
Is 55:1-6
"O Senhor Deus diz: Escutem, os que tem sede: Venham beber água!Venham, os que não tem dinheiro: Comprem comida e comam! Venham e comprem leite e vinho, Que tudo é de graça.”
2ª Co 2:17
"Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus".
Bom desfrute!!."

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Igreja.

Filho Varão


Filho Varão: os Vencedores- Watchman Nee Filho Varão: os Vencedores- Watchman Nee


Filho Varão: os Vencedores- Watchman Nee Extraído do livro" O Plano de Deus e os Vencedores"Então o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos, e o és entre todos os animais selváticos: rastejarás sobre o teu ventre, e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gênesis 3:14,15). Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrasta a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações, com cetro de ferro. É o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono . . . E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos. Então ouvi grande voz do céu proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram, e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida (Apocalipse 12:1-11).Estas duas passagens das Escrituras correspondem-se. A primeira encontra-se no livro que abre a Bíblia, enquanto a seguinte está no livro do encerramento. Em Gênesis 3 há: 1) a serpente, 2) a mulher, e 3) a semente em perspectiva. Em Apocalipse 12 encontram-se novamente estes três: 1) a serpente, 2) a mulher, e 3) o filho varão.O juízo de Deus contra a serpenteGênesis 3 revela o juízo de Deus contra Satanás. Também nos fala do seu juízo contra o homem caído e do seu plano de redenção. "Rastejarás sobre o teu ventre" é a decisão divina de que Satanás só pode operar na terra, não mais no universo. "Comerás pó todos os dias da tua vida" dá a idéia de que Deus ordenou que, a partir de então, o homem (feito do pó) fosse o alimento de Satanás. Assim, todos os descendentes de Adão, como Deus ordenou, tornaram-se alimento —isto é, são um povo — para Satanás."Mulher" refere-se à mãe de todos os viventes. Portanto ela representa todos os viventes: todos a quem Deus deseja salvar."Sua semente" refere-se a Cristo. Quando Cristo estava na terra, esmagou a cabeça da serpente na cruz. Considerando que na cabeça encontra-se a região vital do poder, o Senhor destruiu todos os principais poderes que pertenciam a Satanás.Quando a Bíblia diz que a serpente feriria o calcanhar da semente da mulher, simplesmente declara que Satanás operaria às costas de Cristo. Depois que Cristo esmagou a cabeça da serpente e partiu, Satanás opera pelas costas. Isto significa que ele opera nas vidas dos crentes em Cristo — e sua operação é do tipo sub-reptício.A semente da mulher aponta para o Cristo incorporado como também para o Cristo pessoal, uma vez que todos os que têm parte na ressurreição de Cristo estão incluídos na semente da mulher. Assim como o Senhor nasceu de uma mulher sem a ajuda do homem, o novo homem que renasce no crente não tem natureza adâmica. Assim como Cristo é o Filho de Deus, assim o novo homem também é um filho de Deus. Assim como Cristo não nasceu do sangue, o novo homem não nasceu do sangue nem da vontade do homem (João 1:12, 13).De Gênesis 3 em diante, a esperança de ambos, Deus e o homem, centraliza-se na semente da mulher. Satanás também presta muita atenção à semente da mulher. Exatamente por isso, ele: 1) instigou Herodes a matar o Senhor, 2) tentou o Senhor no deserto, e 3) tentou importunar o Senhor durante os três anos e meio de seu ministério público. Mas em tudo isso o Senhor foi vitorioso.Os vencedores enfrentam a serpenteNo que se refere à narrativa, Apocalipse 4-11 é uma seção, enquanto 15-22 é outra. Os capítulos 12-14 são um parêntesis; não fazem parte do texto principal mas servem para explicar o que foi escrito antes. O capítulo 12 está ligado aos capítulos 2 e 3 em idéia: observe que os capítulos 2 e 3 mencionam "o vencedor" sete vezes e, então, o capítulo 12 diz "eles o venceram"; os capítulos 2 e 3 contam-nos como Deus chamou alguns para serem vencedores quando a igreja fracassou de um modo geral, enquanto o capítulo 12 nos mostra quem são estes vencedores e o que fazem; e, novamente, 2:27 conta como o vencedor governará as nações com vara de ferro e 12:5 confirma que aquele que reinará sobre as nações com uma vara de ferro é um filho varão. O filho varão representa os vencedores na igreja. Este filho varão é incorporado em natureza, porque ele é "os irmãos" de 12:10,11."A antiga serpente" é o nome que Deus propositadamente menciona aqui em Apocalipse 12 para nos ajudar a lembrar o registro de Gênesis 3.A mulher que dá à luz o filho varão segundo Apocalipse 12 é Jerusalém. Não se refere apenas à Jerusalém terrena, também aponta para a Jerusalém celeste. A Bíblia nos diz que Deus é nosso Pai, o Senhor nosso irmão mais velho e Jerusalém é nossa mãe (Gálatas 4:26).O sol, a lua e as doze estrelas coincidem com o sonho de José. Portanto deve fazer alusão aos filhos de Israel. Jerusalém é o centro da nação de Israel. Conseqüentemente a mulher deve ser Jerusalém.A mulher é a Jerusalém de Apocalipse 21 e 22. Esta cidade inclui todos os que têm a vida de Cristo e são salvos durante os períodos do Antigo e Novo Testamentos. Antes de dar à luz o filho varão a mulher representa a igreja; depois de dar à luz o filho varão representa os filhos de Israel porque antes do filho varão nascer ela está descrita em seu estado celestial — o sol, a lua e as estrelas, e depois do nascimento do filho varão ela é citada em sua situação terrena — fugindo no deserto.A mulher simboliza todos os remidos de Deus. São severamente perseguidos pelo inimigo. Como a mulher sofre por causa da serpente! Aqueles que são representados pela mulher devem lutar por si mesmos, mas não conseguem. Por isso Deus chama dentre eles um grupo de vencedores que lutem em lugar deles.Os vencedores reinarão sobre as nações com um cetro de ferro uma vez que ocuparão lugar especial no reino. Quando estes vencedores (representados pelo filho varão) são arrebatados para o céu, derrubam Satanás e retomam os lugares celestiais que estavam em poder da serpente. Enquanto estavam na terra, Satanás tinha de retroceder; e quando sobem ao céu, Satanás é expulso. A vitória se encontra na retomada do poder. O filho varão vence em benefício da mãe: os vencedores vencem pela igreja. Mais ainda, no fim dos tempos, Deus usa os vencedores para acabar com a guerra no céu.Estes vencedores trarão "a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo" para o céu. A serpente, portanto, não tem mais lugar no céu. Por isso, onde estão os vencedores, Satanás é forçado a retroceder.As armas dos vencedoresEles venceram o inimigo por causa:1) "do sangue do Cordeiro". Primeiro, no sangue de Cristo é derramada a vida natural; portanto Satanás já não pode mais operar em nós. O alimento de Satanás é o pó da terra: ele só pode operar na vida natural. Segundo, o sangue de Cristo vence o ataque de Satanás. Sob a proteção do sangue de Cristo não seremos atacados por ele, exatamente como os filhos de Israel eram totalmente protegidos pelo sangue do Cordeiro Pascal. O sangue satisfaz a justiça de Deus, porque o derramamento de sangue significa morte. Por causa disto, Satanás não pode nos atacar. Terceiro, o sangue de Cristo responde às acusações do inimigo.2) "A palavra do testemunho." O que o inimigo tenta fazer à igreja é subverter o testemunho. A igreja é um candeeiro que simboliza o testemunho. A fim de derrotar a igreja Satanás tem de subverter o testemunho. O testemunho mencionado aqui está especialmente relacionado com o testemunho dado contra Satanás. Duas palavras que nosso Senhor usou quando ele mesmo foi tentado formam o testemunho a ser usado contra ele. Temos de testificar contra o inimigo. Quando ele nos diz que somos fracos, dizemos-lhe que "o poder de Cristo se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9). Use a palavra de Deus para cumprir a vitória de Cristo. O sangue dá força a essa vitória. Usar a palavra de Deus para executar a vitória de Cristo é o testemunho..3) "Em face da morte, não amaram a própria vida." Ofereça seu corpo e vida, nãotenha autopiedade e, como Paulo, em nada considere a vida preciosa para si mesmo (Atos 20:24). A vitória será nossa se confiar-mos no sangue, dermos a palavra do testemunho com ousadia e mantivermos uma atitude de destemor diante da morte. Tais pessoas podem cumprir a vontade determinada por Deus e registrada em Gênesis 3:15. Assim, como o dragão espera devorar o filho varão que vai ser dado à luz, Satanás há de nos perseguir e nos fazer sofrer. Mas essas mesmas perseguições e sofrimentos vão nos impelir a sermos o filho varão para que sejamos arrebatados primeiro. O primeiro arrebatamento não é só uma bênção, também acarreta uma responsabilidade. Todos os que dão lugar a Satanás em seus corações serão perseguidos pelo dragão na grande tribulação. Mas aqueles em cujos corações o inimigo não tem apoio esmagarão a cabeça do dragão sob os seus pés (comp. Romanos 16:20). Tendo a serpente ferido a mulher, foi preciso a semente da mulher para derrotar a ser-pente. Deus mesmo não vem derrotar Satanás. Para isto ele convoca os vencedores Que estejamos nas fileiras dos vencedores!
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O SANTO MICROCHIP - David .W. Dyer

Muitos irmãos têm falado comigo sobre a possibilidade de um microchip ser implantado debaixo da pele. Eles acham que isso será a "marca" da besta. Eles imaginam que quando eles forem efetuar qualquer transação financeira, esse chip será escaneado e, então, a informação será transferida para um computador em poder da Besta, ou que esse próprio computador possa ser denominado "a besta". Assim, eles supõem que o Anticristo será capaz de monitorar todas as suas transações. Muito da escatologia moderna esta baseada em mera imaginação. Por exemplo, há lugares no mundo hoje onde apenas poucas pessoas numa cidade têm telefones. São telefones celulares. Outras pessoas vêm de longas distâncias ao redor e pagam para usar esses poucos telefones. Há cidades inteiras, com milhares de pessoas no mundo hoje, com apenas um banco telefônico para servir-lhes. Muitos lugares do mundo ainda não têm até energia elétrica. A única coisa que lhe interessará(ao anticristo) é se você se submeterá à adoração a ele e aceitará a sua nova religião. Se você a aceitar, você terá uma marca para provar isso.Eu sei que muitas, muitas pessoas vão argumentar comigo sobre esse microchip. Isso tem sido tão difundido, que tem se tornado santo. Negar a idéia do microchip quase tornou-se igual a negar a Cristo. Entretanto, não há sequer um verso que possa torná-lo real.Graças ao Senhor Ele não nos deixa em confusão como estamos vendo hoje, há duas palavras na língua grega para "marca".Uma delas é STIGMA. Essa palavra significa, de acordo com o Dicionário de Palavras Expositivas do Novo Testamento, de Vine: "uma marca tatuada ou uma marca feita com fogo, um sinal". Isso refere-se a algum tipo de marca física que pode ser colocada na pele da pessoa. A outra palavra traduzida como "marca" é CHARAGMA. Essa palavra significa, de acordo com Vine: "um selo" ou "impressão". Essa palavra se refere à forma que é deixada na cera quente depois que um selo ou carimbo foi comprimido sobre ela. É dessa palavra grega que nós obtemos a palavra para "caráter". A palavra encontrada em Apocalipse 13:16,17 para a marca da Besta, no grego, é CHARAGMA, não STIGMA.Portanto, podemos concluir disso que a marca da Besta não é simplesmente uma tatuagem ou sinal. É algo que está diretamente relacionado à maneira como pensamos, à formação do nosso pensamento ou caráter. Aceitar essa marca significará que nós escolhemos adaptar o nosso modo de pensar ao do Anticristo. Nós teremos, devido à pressão exercida sobre nós, modificado o nosso caráter para ajustá-lo à impressão da Besta. Nós escolheremos mudar a nossa maneira de pensar para conformá-la à sua imagem. Aceitar a marca da Besta será aceitar a sua religião! Nós não sabemos de fato qual será a "marca" da Besta. Mas nós podemos aprender, a partir dessa discussão, que aceitar a marca está intimamente ligado ao nosso caráter e modo de pensar. No livro de Apocalipse, o verso que fala sobre a marca da Besta é encontrado um pouco antes de outro verso sobre santos que têm "...escrito [nas frontes] o seu nome [o nome de Cristo] e o nome de seu Pai." Não é possível que essas pessoas tenham "Paizinho", ou algo similar, literalmente escrito nas suas testas. Esse verso fala, sem dúvida, sobre a forma de pensar dessas pessoas. Aqui estão algumas pessoas cujas mentes foram renovadas (Rm 12:2). Os processos do pensamento delas foram transformados para que estejam em harmonia com as idéias e atitudes de Cristo. Os seus pensamentos, opiniões e arrazoados são controlados pelo Espírito Santo. Elas têm submetido suas mentes ao controle de Jesus Cristo, e Ele está reinando sobre elas. Portanto, a decisão de receber ou não receber a marca da Besta será uma intensa batalha. Será uma luta sobre quem irá dominar e controlar as mentes dos homens. A marca física, se houver uma, será apenas a evidência de que alguém decidiu permitir que a imagem do Anticristo – seus programas e propósitos religiosos – seja impressa em sua mente maleável. Qualquer crente que não se submeteu e não subjugou sua mente ao completo controle de Jesus Cristo, vai encontrar-se numa luta intensa. Ele terá que decidir se permitirá os seus impulsos naturais e necessidades físicas dominarem as suas decisões, ou se permitirá o Senhor governar os seus pensamentos e decisões. Como você vê, se a sua mente estiver agora conformada a este mundo, se você estiver amando e procurando todas as coisas e prazeres terrenos, de repente alguém se colocará entre você e aquilo que você pensa que precisa e deseja. O Anticristo, ganhando o controle do sistema financeiro, irá também ganhar o controle do acesso aos seus desejos. Para continuar com a sua vida, você terá de passar por ele. Para continuar a comprar e vender, você terá que se conformar à sua religião. A sua mente e o seu caráter terão que receber a imagem da Besta. Você terá que se converter à religião dele. Esta será uma hora de intensa batalha espiritual, com muita coisa importante a ser decidida. Como você percebe, para sobreviver, muitos serão pressionados até à morte para que recebam a marca. Se eles viverem uma vida de egoísmo e satisfação dos seus apetites naturais, então, essa decisão será extremamente difícil. Aqueles que amam este mundo e suas coisas e prazeres estarão em apuros. Mas aqueles que já aprenderam a negarem a si mesmos e a se submeterem a Jesus serão vitoriosos.
Texto extraido do Blog http://alimentosolido.blogspot.com
Antes de ocorrer o dilúvio em Gênesis 6.5 nos diz que os pensamentos e as obras do coração dos homens era continuamente má.Os pensamentos estão relacionados com a cabeça, e as obras estão relacionadas com as suas mãos.Senhor, abre os olhos do nosso coração em nome do Senhor Jesus!

Os Três Aspectos do Pecado - W Nee

A Bíblia mostra-nos que existem três aspectos do pecado. Em outras palavras, o pecado está em três lugares. Primeiro, o pecado está diante de Deus; segundo, o pecado está na nossa consciência; terceiro, o pecado está na nossa carne. A Bíblia sempre nos mostra o pecado de acordo com essas três linhas. É como um rio alimentado por três afluentes. Se quisermos conhecer o pecado de forma completa, devemos ter clareza sobre essas três linhas. Precisamos saber que nosso pecado está diante de Deus, na nossa consciência e na nossa carne. Se não tivermos clareza dessas três linhas e não formos capazes de fazer distinção entre elas, não teremos clareza acerca do problema do pecado. Se confundirmos essas três linhas, não perceberemos o ponto de vista de Deus concernente ao pecado e não compreenderemos como Deus é perfeito ao lidar com o pecado. Somente quando entendemos a necessidade é que reconhecemos o tratamento. Se não conhecermos a necessidade, presumiremos que o tratamento é desnecessário. Portanto, precisamos conhecer primeiramente o pecado para depois conhecer como a salvação de Deus é completa.Deus é um Deus justo. Na administração do universo Ele é a mais elevada autoridade. Ele é o Governante do universo, e tem leis e ordenanças definitivas sobre os pecados. Ele recompensa o homem de acordo com o que o homem faz, e segundo a maneira como age. Deus lida com o mundo na Sua posição de Governante soberano. No tempo de Adão, embora ainda não houvesse este termo, havia a lei adâmica. Depois de Noé, embora não houvesse este termo, houve a lei de Noé. No tempo de Moisés, o termo lei começou a ser utilizado especificamente. Foi a partir daí que a lei foi especificamente colocada diante do homem. Quer estejamos falando da lei explícita depois de Moisés quer da lei implícita antes do tempo de Moisés, o veredito de Deus é que quem peca deve morrer. Ele exige que os que transgridem a lei sejam punidos com a morte eterna. Enquanto o homem está vivo, embora sua carne esteja vivendo, seu espírito está morrendo. No final, sua carne também morrerá. E na eternidade, seu espírito, alma e corpo perecerão. Se o homem não pecar, Deus não executará a punição. Contudo, se o homem pecar, Deus certamente executará a punição. Deus decretou ordenanças e leis acerca dos pecados do homem.Quando ocorrem pecados em nossa vida, primeiro há o registro deles diante de Deus. Deixe-me ilustrar com um exemplo. Recentemente as pessoas foram proibidas de estacionar seus carros onde bem quisessem. Há dois meses, você podia estacionar seu carro em qualquer lugar. Você podia até mesmo estacionar no lado contrário da rua e era livre para estacionar em qualquer sentido. Mas há dois meses o departamento de trânsito proibiu essa prática. Agora, enquanto dirige, você vê todos os carros estacionados no mesmo sentido. Há uma nova lei que diz que todos os carros devem ser estacionados no mesmo sentido do fluxo do trânsito. Se você não fizer isso, estará violando a lei. Se hoje, um irmão vier à reunião de carro e estacionar no sentido contrário, um oficial do departamento de polícia pode ver isso e registrar a infração no departamento de polícia. A infração é registrada não na rua onde ele estacionou, mas no departamento de polícia, mesmo que o irmão não esteja ciente do fato. A infração pode ter ocorrido na Rua Ha-Tung, mas o local onde a infração será registrada é o departamento de polícia do distrito de Tsin-An-Tsu.Os incidentes de pecado ocorrem no homem, mas assim que o homem peca, há o registro do pecado diante de Deus. Deus é o soberano Governante do mundo. Ele tem o controle de tudo. Se no decorrer de nossa vida transgredimos a lei, há um registro do nosso pecado diante de Deus. É por essa razão que no Antigo Testamento freqüentemente se fala de pecar contra Jeová. A razão de um ato de pecado ser maligno e terrificante é que uma vez que um pecado é cometido, ele é registrado diante de Deus. Desde que Deus tenha dito que quem pecar deve morrer, Ele tem de executar Seu julgamento sobre os pecados. Não existe maneira de escapar, pois o registro do pecado já está lá.Em segundo lugar, o conhecimento do pecado está em nossa consciência. Embora haja um registro do pecado diante de Deus, enquanto você não tomar conhecimento dele, ainda será capaz de sorrir e regozijar-se em sua cadeira e agir como se nada houvesse ocorrido. Mas uma vez que tome conhecimento daquele pecado, o pecado que está diante de Deus entra na sua consciência. Inicialmente, esse pecado estava somente diante de Deus; agora ele é identificado na sua consciência. Que é a consciência? É uma “janela”. A luz de Deus resplandece em seu interior através da janela da sua consciência. Toda vez que a luz de Deus brilha em você, você se sente pouco à vontade e sabe que fez algo errado.Pode ser que haja alguém aqui que estacionou o carro no sentido contrário. Pode ser que não estivesse cônscio do seu erro e estivesse totalmente despreocupado. Mas uma vez que eu o mencionei, ele se sentirá inquieto interiormente. Minhas palavras moveram o registro de seu pecado do departamento de polícia para ele. Portanto, a consciência é alterada pelo conhecimento. Sem conhecimento, você ignora seus pecados; e desde que a consciência dentro de si não o moleste, você se sentirá em paz. Mas assim que tiver o conhecimento e começar a perceber o ponto de vista de Deus e da lei sobre você, sua consciência não cessará de incomodá-lo.É verdade que todos têm uma consciência? Certamente todos têm uma consciência. Contudo, algumas consciências estão obstruídas e a luz de Deus não pode entrar. Algumas consciências são como uma janela de cozinha que tem uma espessa camada de sujeira sobre ela. Por ela você pode ver a sombra de um homem movendo-se, mas não pode ver o homem claramente. Se a sua consciência não puder receber a luz de Deus, você estará despreocupado e alegre. Mas no momento em que ouvir o evangelho e vir seus próprios pecados, sua posição diante de Deus e o registro de seus pecados diante Dele, sua consciência terá um problema. Ela ficará incomodada; não estará em paz, mas irá condená-lo. Você perguntará o que deve fazer para ser capaz de permanecer diante do Deus justo, e como ser justificado diante deste Deus tão justo.O que é surpreendente quanto à consciência é que, na pior das hipóteses, ela pode adormecer, mas ela nunca morrerá. Nunca pensemos que nossa consciência morreu. Ela nunca morrerá, mas adormecerá. Entretanto, quando a consciência de muitos desperta, eles acham que é tarde demais, que não têm mais a oportunidade de crer ou de ser salvos. Não pense que nossa consciência nos deixará em paz. Um dia ela nos acusará. Um dia ela falará. Muitos que pensavam assim, que faziam muitas coisas más, achavam que escapariam. Mas, quando a consciência deles finalmente acordou, eles foram capturados por ela.Que fazem as pessoas quando sua consciência desperta e elas percebem que pecaram? Tão logo a consciência as capture, elas tentam fazer o bem praticando boas obras. Qual é o propósito do homem ao tentar fazer boas obras? O seu propósito é subornar a consciência. A consciência mostra ao homem que ele pecou. Então, agora ele faz mais atos de caridade e faz mais boas obras para dizer à sua consciência que, apesar de ter feito tanta coisa errada, ele também faz todas essas coisas boas. Que significa fazer boas obras? Significa subornar a consciência quando esta começa a acusar, de modo a abrandar sua condenação. Essa é a forma de salvação inventada pelo homem.Mas lembre-se de que essa é a maneira errada. Onde reside esse erro básico? O erro encontra-se na nossa suposição de que o pecado existe apenas em nossa consciência. Esquecemo-nos de que o pecado também existe diante de Deus. Se o pecado existisse somente em nossa consciência, então necessitaríamos realizar, quando muito, dez boas obras para compensar cada erro nosso. Entretanto, o problema agora não é somente com a nossa consciência. O problema agora é o que está diante de Deus. Eu não posso ser absolvido do julgamento por uma infração de estacionamento proibido, apenas porque estaciono o carro corretamente uma centena de vezes. Pecado é algo diante de Deus. Não é somente algo em nossa consciência. Não somente precisamos lidar com o pecado em nossa consciência; também temos de lidar com o nosso pecado diante de Deus. Somente quando tivermos lidado com o registro do pecado diante de Deus, é que o pecado em nossa consciência poderá ser tratado. Não podemos lidar com o problema na consciência primeiro, pois esta poderá ser apaziguada pelo auto-engano. Mas lembre-se de que a consciência nunca morrerá.Talvez você ainda não tenha visto a consciência em funcionamento. Freqüentemente vejo pessoas atormentadas pela consciência. Quando a luz de Deus vem, a consciência fica incomodada. Se houvesse um buraco no chão, uma pessoa em tal condição se arrastaria para dentro dele. Ela faria qualquer coisa para apaziguar sua consciência. Ela até daria sua vida para redimir-se do pecado. Por que Judas se enforcou? Porque sua consciência não o deixava em paz. Ele havia traído Jesus e sua consciência não o deixava em paz.Por que Deus não precisa enviar muitos anjos para jogar os homens no lago de fogo como se jogassem pedras? Por que não há necessidade de Deus ter muitos anjos guardando o lago de fogo? Deus não teme uma revolta no inferno? É bem possível que para um homem que pecou, o inferno seja mais uma bênção do que uma maldição. Quando a consciência se levanta para condenar um homem, ela exige que o homem seja punido. A punição não é apenas uma exigência de Deus, mas também do homem. Antes de ver o que é o pecado, você tem medo da punição. Mas após ver o que é o pecado, você encara a punição como uma bênção. Você já viu criminosos ou assassinos no momento da execução? Antes de ver seu pecado, um homem pode alegrar-se em matar. Mas depois de ver seu pecado, ele se alegrará com sua própria execução. Portanto, o inferno não é somente um lugar de punição. É também um lugar de fuga. É o derradeiro lugar de refúgio. O pecado na consciência causa dor hoje e clama por punição na era vindoura. Portanto, para Deus nos salvar, Ele precisa lidar com nossos pecados diante Dele, e também precisa lidar com nossos pecados em nossa consciência.Existe um terceiro aspecto do pecado. O pecado não está somente diante de Deus e na consciência do homem; ele está também na carne do homem. Isso é o que nos diz Romanos 7 e 8. Que é o pecado na carne? Vimos que por um lado há o registro dos pecados diante de Deus, e que, por outro, existe a condenação dos pecados na consciência do homem. Agora vemos o terceiro aspecto: o poder do pecado e as atividades do pecado na carne do homem. O pecado tem seu ofício. O pecado está chefiando. O pecado está na carne do homem como chefe. Lembre-se de que o pecado é o chefe chefiando na carne.Que quero dizer com isso? Os pecados diante de Deus e na própria consciência do homem são objetivos. Para mim, o registro dos pecados diante de Deus e a condenação dos pecados em minha consciência são questões do meu sentimento com relação ao pecado. Mas o pecado na carne é subjetivo. Isso significa que o pecado que está habitando em mim tem o poder de forçar-me a pecar; ele tem o poder de incitar-me e levantar-me para pecar. Isso é o que a Bíblia chama de pecado na carne.Por exemplo, pode haver um irmão que ganha cem dólares por mês, mas gasta cento e cinqüenta. Ele gosta de pedir dinheiro emprestado. É a sua disposição. Se ele não pede emprestado, suas mãos começam a coçar, e até sua cabeça e corpo coçarão. Depois de gastar todo seu salário, ele precisa pedir algum dinheiro emprestado e gastá-lo para sentir-se bem. Nele podemos ver os três aspectos: primeiro, ele tem muitos credores, que têm os registros de seus débitos; segundo, a menos que ele não tenha conhecimento das conseqüências de se pedir emprestado (neste caso ele ainda continuará tranqüilamente pedindo emprestado) ele perceberá que está em perigo e assim ficará preocupado não somente com o registro da dívida perante seus credores, como também com a sensação desagradável que sente em sua consciência; além disso, há o pecado em sua carne. Ele sabe que é errado pedir emprestado, contudo sente-se inquieto a menos que continue a fazê-lo. Algo o está induzindo e incitando, dizendo-lhe que há meses não pede dinheiro emprestado e que deveria fazê-lo uma vez mais. Que é isso? Isso é o pecado na sua carne. Por um lado, o pecado é um fato para ele; esse pecado resulta em um registro do pecado diante de Deus e na sua consciência. Por outro lado, o pecado é um poder na sua carne; ele o incita e compele, até força e empurra-o para pecar.Se nunca resistiu ao pecado, você ainda não sentiu o poder dele. Mas se tentar resistir ao pecado, sentirá o poder dele. Você não sente a força da correnteza de um rio quando se deixa levar por ela. Mas se tentar ir contra a correnteza, sentirá a força dela. A maioria dos rios na China correm do ocidente para o oriente; assim, se você tentar viajar do oriente para o ocidente, sentirá quão poderosos são os rios da China. Os que mais conhecem o poder do pecado são também os mais santos, pois são os que tentam se opor e permanecer contra o pecado. Se você se une ao pecado e segue seu curso, certamente não conhecerá sua força. O pecado na sua carne está o tempo todo incitando e compelindo-o a pecar, mas somente quando você desperta para lidar com o pecado é que perceberá que é um pecador perdido e destinado a perecer. Só então você saberá que está sem recursos e que não tem solução para o problema do pecado em sua carne, sem mencionar a presença dos pecados na sua consciência e o registro dos pecados diante de Deus.Portanto, precisamos ver que quando Deus nos salvou, Ele tratou com todos os três aspectos. O pecado interior é tratado pela cruz e pela crucificação do velho homem. Já mencionamos isso muitas vezes, por isso não iremos repeti-lo agora. Nosso estudo da Bíblia desta vez abrange a maneira de Deus lidar com nossos pecados diante Dele e a condenação dos pecados em nossa consciência. De início, mencionei o problema do pecado e dos pecados. Os pecados referem-se aos atos pecaminosos diante de Deus e em nossa consciência. Toda vez que a Bíblia menciona pecados, ela se refere aos atos pecaminosos diante de Deus e em nossa consciência. Mas toda vez que a Bíblia menciona o pecado na carne, ela usa a palavra pecado, e não pecados. Se você lembrar-se disso não terá problemas mais tarde.Agradecemos a Deus porque a Sua salvação é completa. Ele tratou com nossos pecados diante Dele. Ele também julgou nossos pecados na pessoa do Senhor Jesus. Além disso, o Espírito Santo aplicou a obra de Cristo a nós, para que pudéssemos receber o Senhor Jesus e ter paz em nossa consciência. Uma vez que a consciência é purificada, não há mais percepção dos pecados. Muitas vezes ouvi cristãos dizerem que o sangue do Senhor Jesus purifica-nos de nossos pecados. Quando pergunto se sentem paz e alegria, eles dizem que às vezes ainda sentem a presença de seus pecados. Isso é inconcebível. Estou alegre porque quando a consciência é purificada, não mais precisamos estar conscientes dos pecados. Se nossa consciência ainda está consciente dos pecados é porque ainda há registro de pecados diante de Deus. Mas se os pecados se foram de diante de Deus, como ainda podemos estar conscientes deles? Uma vez que os pecados diante de Deus foram tratados, os pecados em nossa consciência também devem ter sido tratados. Assim sendo, não precisamos mais estar conscientes de nossos pecados.
Extraído do livro " O Evangelho de Deus"

Enganando as Nações- Peter Leithart

Apocalipse 20:1-3 afirma que Satanás é lançado no abismo, que é “encerrado” e “selado” por 1.000 anos, e os versículos 7-10 adicionam que no final dos 1.000 anos, Satanás será solto para reunir as nações contra a cidade amada de Deus, até que eles sejam destruídos. Que tipo de restrição está sendo posta sobre Satanás? Ele é totalmente impotente? E, qual é o sentido da soltura no final do milênio?Beale oferece vários argumentos convincentes para sugerir que a restrição de Satanás é uma limitação específica, e não geral da atividade de Satanás. Gramaticamente, a cláusula de propósito no versículo 3b especifica a razão para o aprisionamento e selo dos versículos 1-3a; Satanás está preso, jogado, trancado e selado “para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem”. Esse é o propósito específico do aprisionamento; essa é a limitação específica do poder de Satanás que é observada no texto. Além disso, Beale explora o uso da linguagem de “aprisionar Satanás” no evangelho, e argumenta que esse aprisionamento (em Marcos 3:27, por exemplo) não restringe Satanás em todo aspecto. E mais, a noção que Satanás está “selado” no abismo não o limita totalmente: “Selar pode conotar um encarceramento absoluto, mas pode significar também a idéia geral de ‘autoridade terminada’, que é o seu significado primário também em Daniel 6:17 e Mateus 27:66… o selo de Deus sobre os cristãos não os protege em cada sentido, mas somente duma maneira espiritual e salvífica, visto que eles sofrem perseguição de várias formas físicas [citando Ap. 7:3; 9:4]. Igualmente, o selo de Deus sobre Satanás o impede de prejudicar a segurança salvífica da verdadeira igreja, embora ele possa causar males físicos a ela”. (Não estou perfeitamente contente com a forma como Beale diz isso, mas o ponto é correto). Finalmente, Ap. 20:7-10 descreve asatividades de Satanás no final do milênio, quando ele “será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra” (v. 7-8a).Satanás faz após o milênio o que ele tinha sido impedido de fazer durante todo o milênio – enganar as nações. No contexto de Ap. 20, esse engano tem o propósito específico de unir as nações contra os santos. Assim, Satanás está preso e restritoenquanto está sob a autoridade de Cristo (o Deus-HOMEM) e enquanto é incapaz de enganar as nações para uni-las contra “o arraial dos santos” (v. 9). Essa conclusão pode ser enriquecida explorando-se o papel de Satanás no restante de Apocalipse. Satanás é mencionado primeiro em conexão com a “sinagoga de Satanás”, os falsos judeus que eram culpados de blasfêmia e mentiras (2:9; 3:9). Eu tomo as outras referências a Satanás nas sete cartas (“trono de Satanás”, 2:13; “as profundezas de Satanás”, 2:24) em relação à sinagoga de Satanás. Isto é, Apocalipse fala primeiro sobre Satanás (o “acusador”) como o poder por detrás dos oponentes judeus e judaizantes da igreja cristã (cf. João 8). Isso faz sentido com a dupla narrativa do evangelho e do apocalipse de João: os líderes judeus tomaram o papel de acusadores satânicos em relação a Jesus, e fizeram o mesmo com os Seus seguidores. Quando Satanás aparece na visão de Apocalipse 12, ele é descrito como o “acusador de nossos irmãos” que “diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (v. 10).Apocalipse 12 é a primeira vez no livro que Satanás é descrito como um “enganador” (12:9), e ele é chamado assim quando é lançado do céu. Parece haver uma seqüência aqui: enquanto ele tinha acesso à corte celestial, ele podia agir comoum acusador; este é o papel que ele tinha desempenhado desde a queda de Adão (Jó 1-2; Zc. 3). Mas uma vez que Jesus subiu ao céu, Satanás é destituído dessa posição, e não mais pode acusar os santos. Por causa da morte e ressurreição de Jesus, Deusnos justificou; quem pode nos condenar? Mas isso não termina a campanha de Satanás. Em vez disso, ele muda de tática. Em vez de acusar, ele começa a enganar, retornando à estratégia original que empregou no jardim do Éden. Por todo o restante de Apocalipse, Satanás e as bestas que sobem do mar embarcam numa campanha de propaganda para enganar “toda a terra” [12:9; grego, GE]; “os que habitam na terra” [13:14; grego, GE]. Com James Jordan, tomo GE aqui como sereferindo especificamente à terra de Israel (isso é muito evidente no contraste da besta da terra e do mar no capítulo 13). O ponto específico desse engano é atiçar opovo da terra a fazer uma imagem da besta do mar (Roma) e prestar homenagem a ela (vv. 14-15), e perseguir qualquer um que recuse adorar a besta (v. 15). Aqueles que recusam aceitar a marca da besta, que recusam adorar Roma, não poderão “comprar e vender”, as permutas litúrgicas do templo judeu. Por causa dos enganos de Satanás por meio do falso profeta, aqueles que recusam jurar fidelidade a César são expulsos da sinagoga (cf. João 9). Resumindo, ao invés de tentar colocar Deus contra o Seu povo acusando-os na corte celestial, Satanás engana os judeus para cooperarem com Roma na destruição da igreja. Há um tipo de quiasmo à carreira de Satanás:A. Enganador no ÉdenB. AcusadorA’. Enganador no novo Éden da igrejaO engano de Satanás não é, contudo, restrito ao “povo da terra [de Israel]”. O clímax da denúncia profética do comércio da Babilônia em Apocalipse 18 é o julgamento que Babilônia/Jerusalém “enganou” as nações (grego, ETHNE) “pelas tuas feitiçarias” (18:23). Isso é imediatamente seguido pela acusação que “nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra” (18:24). Assim, o povo enganado da terra de Israel se torna enganadores para o mundo todo. Soa familiar? Liberais da igreja enganam as nações numa ideologia de tolerância e pluralismo. Quando a cidade cai, Jesus faz guerra contra os reis da terra, que foram seduzidos pela besta do mar e pelo falso profeta (=besta da terra) e lança-os no lago de fogo (19:19-20). Aqueles promotores particulares do engano satânico são destruídos. E o próprio Satanás é impedido de realizar um esquema similar durante os 1.000 anos do milênio. Embora os líderes religiosos enganados continuarão a enganar os líderes políticos para perseguir a igreja, Satanás não será capaz de unir todas as nações para batalhar com os santos até o milênio ser finalizado. Esse é o limite específico sobre seu poder durante o período presente. Como um mafioso aprisionado, Satanás ainda é capaz de mexer os pauzinhos, fomentar confusão e perturbar a igreja. Mas ele não tem o poder para unir as nações contra o Senhor e contra o Seu Ungido.Por que ele receberia esse poder e permissão no final do milênio? Deixe-me sugerir, tentativamente, que isso é parte da igreja viver a vida de Jesus. Jesus expulsou demônios e afirmou ter preso Satanás para saquear a sua casa. Mas no final do seu ministério, Satanás agiu por meio dos judeus e romanos para levar Jesus à cruz. Em sua ressurreição e ascensão, contudo, Ele expulsou Satanás. Esse foi o fim do poder de Satanás acusar no céu. Toda essa história é executada numa escala mais ampla na história da igreja. A história da igreja começa com a restrição do poder de Satanás para enganar. Mas no final da história da igreja, Satanás unirá novamente nas nações contra o Senhor e contra o Seu ungido, até que fogo caia do céu, e Satanás seja lançado, com a besta e o falso profeta, no lago de fogo.
Extraído do site www.monergismo.com
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

A Revelação do Plano de Deus:A História do Plano da Redenção- Bob Waldron

"Temos apenas uma chance em toda a nossa vida; portanto, agarre-se a ela com todo o entusiasmo que você tiver."É isto tudo o que há? Como cristão, estou perdendo alguma coisa valiosa? Há alguns prazeres neste mundo que eu não possuo. Se isto for tudo o que espero, então, como disse Paulo, sou o mais infeliz de todos os homens (1 Coríntios 15:19).Mas, há uma outra forma de olharmos a vida sob o sol. Esta nem é a "vida" verdadeira. Este é apenas um breve período de experiência, para comprovar se eu posso ter o privilégio de viver no céu, com o próprio Deus, por toda a eternidade. Jesus antecipou-se em preparar mansões para os que passarem na prova (João 14:1-3). Ainda que eu viva noventa anos ou mais, aqui, este é apenas um prazo curto, comparado com a totalidade das coisas. "Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa" (Tiago 4:13-15).Abraão teve esta visão da vida na terra. Eis porque pôde deixar seu lar e sua parentela e ir para uma terra que Deus lhe indicaria. Estava buscando uma cidade cujo arquiteto e edificador é Deus (Hebreus 11:8-10). Eis porque Moisés pôde abandonar a honra de ser chamado o filho da filha do Faraó. Ele pôde ver que as riquezas que Deus oferece aos justos, como recompensa, são muito maiores do que quaisquer breves prazeres que o pecado pode oferecer aqui neste mundo (Hebreus 11:24-26).Eis porque Paulo pôde rejubilar-se em uma prisão romana, enfrentando a morte por sua fé em Cristo. Ele era humano. Não queria a dor do sofrimento, mas viu uma coroa guardada para ele, fazendo com que qualquer sofrimento atual parecesse ser apenas momentâneo (2 Timóteo 4:6-8).Mesmo uma pessoa feliz e despreocupada tem problemas: dor, doença, tristeza, receio, etc. Eu, como cristão, posso compartilhar a maior parte das alegrias deste mundo. Sempre há uma saída legítima para todo desejo físico que eu tiver. Eu, também, tenho problemas, porque sou um ser humano. Mas, ao invés de ser o mais infeliz dos homens, o cristão é aquele que deve ser invejado.O cristão pode olhar para a verdadeira "vida", onde nenhum problema existirá. De fato, temos uma âncora para nossa alma (Hebreus 6:19). O que o cristão tem para se preocupar com condições aqui? O que importa se as coisas são obscuras, se eu tenho a esperança que faz com que valha a pena resistir a qualquer coisa, nestes breves anos, para viver na eternidade com Deus ?Mas, como pode alguém ter esta esperança? Como ela surgiu? A Bíblia nos diz. Ela não é uma série de histórias desconexas, do tipo "era uma vez . . . ." É a revelação do belo e eterno plano que Deus fez para a redenção da humanidade.Deus fez o homem. O homem é um ser que raciocina, feito à imagem de Deus. Tem ele a capacidade de escolher o que será. Como Criador do homem, Deus entende e atendeu a todas as necessidades do homem. Concebeu o homem para ser o mais feliz como um companheiro de Deus.Deus ofereceu ao homem a oportunidade de tal companhia na terra, no Jardim do Éden, onde ele andava com o homem no frescor da noite. Entretanto, o homem abandonou este privilégio por sua própria e livre vontade, ao optar por ouvir o conselho do diabo.Deus tinha se preparado para a escolha do homem. Ele já tinha um plano para a redenção do homem (Efésios 3:11). O homem não mais poderia compartilhar a companhia de Deus aqui, porque o pecado separa o homem de Deus. Então, Deus ofereceu ao homem uma bênção muito maior, a oportunidade de viver para sempre com ele, no céu.Todavia, há determinadas condições, que o homem deve cumprir. Nenhum homem é forçado a servir a Deus. Mas, a oportunidade maravilhosa é oferecida a todos, desde que aceitem as condições de Deus.Que condições Deus poderia impor? Como Deus poderia determinar quem poderia ter esta vida? Ele poderia, com justiça, condenar toda a humanidade, porque todos os homens pecaram (Romanos 3:23) e o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Entretanto, Deus ama o homem e preferiria que ninguém perecesse (2 Pedro 3:9). Talvez ele pudesse salvar toda a humanidade, não importando o quanto corrompida, mas isto não se daria, porque Deus não pode tolerar a iniqüidade (Isaías 59:1-2). Talvez ele pudesse salvar arbitrariamente alguns e condenar a outros, mas Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34).Portanto, Deus mesmo determinou pagar o preço do pecado. Desta forma, o amor de Deus pelo homem poderia ser manifestado, ao oferecer ao homem a oportunidade da salvação. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus poderia ser satisfeita pelo preço pago pelo pecado.O homem, por si próprio, não poderia pagar o preço. Cada pessoa que tenha vivido bastante para ser responsável perante Deus tem pecado. Adão pecou no Éden. Noé foi salvo na arca, porque era justo, mas plantou mais tarde uma vinha e embriagou-se com vinho. Abraão é chamado o pai da fé, mas mentiu em pelo menos duas ocasiões. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas cometeu adultério e assassinato. Cada homem teria que morrer pelos seus próprios pecados, encerrando assim a continuidade da companhia de Deus.Mas, como poderia Deus pagar o preço pelo pecado do homem? A morte é o preço que Deus estabeleceu (Gênesis 2:17; Romanos 6:23). Mas a Divindade, como Divindade, não pode morrer. Portanto, o plano de Deus foi enviar a Divindade, a Palavra eterna, à terra, em forma humana, como seu Filho. Seu Filho mostraria ao homem como deve ser o ser humano perfeito. Então, aquele Filho, como Divindade em forma humana, morreria para pagar o preço dos pecados dos homens.O homem não percebeu a necessidade de tal preço, quando foi expulso do Paraíso. Toda a Bíblia mostra ao homem quão fracos eram seus próprios esforços para sua própria salvação. O homem é deixado com uma só conclusão: não há esperança alguma, sem Deus!Não podemos responder a pergunta sobre por que Deus chegou a criar o homem. Não podemos saber, igualmente, porque ele amou o homem o bastante para oferecer-lhe a chance de viver no Paraíso. Todavia, podemos ver o maravilhoso plano, que ele revela na Bíblia para nós. Que direito tenho eu, como um homem insignificante, de contestar suas condições, quando ele me oferece tal recompensa?A História da Redenção"No princípio. . . ." Volte comigo a este tempo. Não havia mundo, não havia universo, não havia vida física, não havia substância física, e não havia tempo. A eternidade não tem princípio nem fim. O que existia? Como foi que tudo o que conhecemos chegou a existir? O que tudo isto significa?Havia três seres em existência, que eram perenes como a própria eternidade: Jeová, o Verbo, e o Espírito Santo. Estes Seres separados, não obstante, são um só em propósito, em virtude e em divindade. Eles compõem tudo o que é Divino.Em algum tempo,não temos idéia de quando, ou por quê, seres celestiais menores foram criados. Lemos sobre as inumeráveis hostes de anjos (Apocalipse 5:11), de serafins (Isaías 6:2) e querubins (Gênesis 3:24) e outras criaturas celestiais, ao redor do trono de Deus (Apocalipse 4). Em algum tempo, alguns destes seres celestiais cometeram pecado (2 Pedro 2:4). Uma vez mais, não sabemos a razão. Estes assuntos constituem as coisas encobertas, que pertencem a Deus. Um local de punição, terrível além de nossa compreensão, foi preparado para estes seres corrompidos (Mateus 25:41). Foram entregues "a abismos de trevas, reservando-os para juízo" (2 Pedro 2:4). Estes seres celestiais são mais poderosos que o homem, mas, como seres criados, são muito inferiores a Deus, o Criador."No princípio", Deus falou e o universo físico foi criado. Começou então a pôr vida na terra. Em primeiro lugar vieram as plantas, então os peixes, as aves e os animais da terra. O processo da criação não estava ainda completo, porque não havia ainda vida que pudesse entender ou compartilhar a companhia de Deus. Por isso, foi criado o homem. "Façamos o homem à nossa imagem..." (Gênesis 1:26). O homem não é como Deus, em aparência ou poder. O homem é como Deus porque pode raciocinar e tem uma alma em seu interior, que jamais deixará de existir.Deus colocou Adão e Eva num jardim de beleza, muito melhor do que os que podemos encontrar hoje. Era uma terra nova, não poluída. Toda planta desejável estava lá. Não havia cardos nem abrolhos. Não havia dor nem tristeza. Não havia ansiedade nem temor. Adão e Eva tinham acesso à Árvore da Vida, de forma que jamais morreriam. E o melhor de tudo, tinham a companhia do próprio Deus (Gênesis 3:8).Entretanto, Deus não desejava uma criatura que vivesse em sua companhia simplesmente porque não havia nada mais que pudesse fazer. Neste caso, o homem não seria mais do que um robô programado para adorar a Deus e incapaz de qualquer outra coisa. Então, Deus deu-lhe um mandamento. Adão e Eva estavam proibidos de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.Havia alimento em abundância, por isso a fome não os encorajou a comerem do fruto proibido. O jardim do Éden era tão grande que corriam quatro rios através dele, por isso, não havia nenhuma razão para a tentação estar constantemente diante seus olhos. Mas a humanidade é fraca. Quando a serpente tentou Eva, esta foi enganada e comeu do fruto proibido. Deu-a a Adão e ele também a comeu.Agora conheciam a vergonha, a culpa e o medo. Deus deu a cada um dos culpados uma maldição: dor, tristeza, problemas, espinhos, a morte, a separação da árvore da vida e, pior de tudo, a separação da companhia de Deus.Seu pecado não foi surpresa para Deus. Ele sabia, antes da criação, que o homem seria fraco, e havia se preparado para a queda do homem. Deus já havia planejado como o homem poderia ser salvo. Adão e Eva desistiram da oportunidade de felicidade completa nesta terra. Deus começou o longo processo de revelação de seu plano sobre como o homem poderia viver para sempre com ele, desde que aceitasse as suas condições.Mesmo com esta primeira maldição, Deus deu o primeiro vislumbre de esperança de um dia quando alguém da descendência da mulher feriria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). A maldade triunfou neste dia com Adão e Eva, mas algum dia o homem triunfaria por aquele que Deus enviaria para completar o seu plano.Deus jamais se esqueceu por um só momento de seu propósito. Muitos, muitos anos se passaram desde o dia em que Adão pecou. As pessoas que viveram não podem ser contadas. A Bíblia nos conta apenas de alguns da vasta multidão que viveu, porque são aqueles através dos quais ele revelou o seu plano.Adão viveu 930 anos e teve muitos filhos e filhas. A Bíblia nos conta uma história sobre Caim e Abel, dois de seus filhos. Você se lembra como Caim tornou-se irado e matou seu irmão, porque o sacrifício de Abel foi aceitável a Deus e o de Caim não foi. A morte de Abel apagou o seu nome e ele não teve mais participação na revelação do plano de Deus. Deus reservou o espaço na última parte de Gênesis 4 para dizer, com brevidade, o que ocorreu a Caim, e então a sua família é esquecida.Adão teve outro filho, Sete. Nada nos foi dito sobre ele, exceto que foi através de sua família que a história se desenvolveu. Aproximadamente o mesmo número de anos se transcorrem durante os primeiros cinco capítulos de Gênesis como em todo o restante da Bíblia. Deus não nos diz praticamente nada sobre este período, porque não é importante para seu propósito. As pessoas viviam tipicamente 900 ou mais anos. Dez gerações se passaram. Um homem nesta linha foi chamado Enoque. Era justo e Deus o abençoou abundantemente, ao tomá-lo para o céu sem que ele morresse.O capítulo 6 inicia-se com uma cena de iniqüidade em toda parte da terra. O homem não mais poderia designar planos justos. Deus decidiu destruir o homem, exceto o justo Noé e sua família. Noé aceitou a graça de Deus e assumiu a oferta de escapar. Noé e sua esposa, seus três filhos e suas esposas, e dois de cada forma de vida animal sobreviveram na arca.Estamos agora de volta a uma família. Mas agora, há três filhos e nenhum historiador humano poderia ter sabido, neste ponto, qual filho seguir. Mas, Deus guiou o autor para tratar com brevidade os descendentes de Cam e Jafé antes de retornar à linha através de Sem. Tratou com brevidade das nações que vieram através de Cam e Jafé, mas somente quando se relacionam com os descendentes de Sem.Muitas, muitas pessoas vieram através de Sem, mas a narrativa divina estreita ainda mais a história.Anos se passaram. Os homens não mais viveram por tanto tempo. Em breve, duzentos ou menos anos constituía uma vida longa.Cerca de nove gerações se passaram desde Noé e chegamos a um homem denominado Terá, que vivia em Ur, na Caldéia. Havia três filhos em sua família, também: Naor, Abrão, e Harã. Harã morreu enquanto ainda estavam em Ur e a história acompanha seu filho Ló com brevidade porque ele viajou com Abrão, a personagem mais importante.Deus chamou Abrão (ou Abraão, como seu nome veio a tornar-se) e mandou que ele deixasse sua parentela e fosse para uma terra que lhe seria indicada. Abraão obedeceu e foi dirigido à pequena terra de Canaã. Uma tripla promessa foi feita a ele. Foi dito que seus descendentes seriam uma grande nação, que esta nação herdaria a terra de Canaã, e, através de sua semente, todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:1-7). O resto da Bíblia é a história do cumprimento destas três promessas.Até esta parte da história, Deus havia revelado somente uma pequena parte de seu plano para a redenção do homem. Sabemos que alguém virá que triunfará sobre Satanás (Gênesis 3:15). Sabemos agora que este alguém virá da nação composta pelos descendentes de Abraão e que todas as nações serão abençoadas pela sua vinda (Gênesis 12:2-3).A esposa de Abraão era estéril e por isso eles tentaram ajudar Deus a cumprir sua promessa, tendo um filho através de Hagar, a serva. Ismael nasceu. Abraão teve posteriormente seis outros filhos com Quetura, uma outra serva. Estes foram abençoados porque eram filhos de Abraão, mas não eram a semente prometida. Finalmente, através de um milagre, Isaque nasceu quando seu pai já tinha 100 anos.Quando Isaque se tornou o chefe da família, Deus repetiu a tripla promessa: a Terra, a Nação e a Promessa Espiritual. Através de sua semente todas as nações seriam abençoadas (Gênesis 26:2-4).Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó. Mesmo antes de seu nascimento, Deus disse que Jacó seria o maior. Os descendentes de Esaú tornaram-se a nação de Edomitas. Mas foi para Jacó que a tripla promessa foi repetida. Ele receberia a terra. Seus descendentes formariam uma grande nação. Através de seus descendentes todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 28:13-14).O espaço não nos permite mencionar os detalhes da vida de Jacó. Basta dizer que Jacó teve 12 filhos. Jacó amou a José, seu penúltimo filho, o melhor, e mostrou sua preferência. Os outros irmãos ficaram enciumados e venderam-no, como escravo, no Egito. Lá José serviu como escravo de Potifar. Levantou-se uma calúnia contra ele e por isso foi lançado na prisão. O tempo passou e ele interpretou os sonhos do Faraó, e tornou-se poderoso em todo o Egito, abaixo apenas do Faraó. Conforme ele próprio disse, ele estava no Egito para ajudar a salvar a vida durante um período de fome de sete anos (Gênesis 45:4-8). Você se lembra como os irmãos vieram, foram testados e finalmente souberam da identidade de José. José providenciou para que trouxessem toda sua família para o Egito. Havia 75 pessoas na família, nesta ocasião, muito longe ainda de uma nação.Quando Jacó se deitou em seu leito de morte, chamou seus filhos e deu a cada um uma bênção. Esses filhos formariam as tribos que comporiam a nação de Israel (o nome Israel foi dado a Jacó quando ele lutou com um anjo). Foi para Judá, seu quarto filho, que ele fez uma profecia especial. O cetro (o sinal da soberania) não sairia da família de Judá, até que Siló, aquela pessoa especial, viesse (Gênesis 49:10).Deus agora revelou esta parte de seu plano: Alguém virá para triunfar sobre Satanás. Ele abençoará todas as famílias da terra. Virá através da semente de Abraão, através de Isaque, através de Jacó e através de Judá. Reinará. Sabemos mais do que quando Adão pecou mas entendemos ainda muito pouco sobre o total próposito de Deus (ver Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:2-4; 28:13-14; 49:10).O livro de Gênesis encerra-se com a expressão confiante de José, aos seus irmãos, de que chegaria o dia em que Deus levaria o povo de volta a Canaã.Muitos anos se passam antes da cortina levantar-se novamente. Tem Deus se esquecido?A cena parece obscura, à medida que o Êxodo se inicia. Agora são talvez três milhões de pessoas denominadas israelitas ou hebreus (posteriormente chamados judeus). Um Faraó havia se levantado que não conheceu José. Ele temia este vasto grupo de pessoas estrangeiras em seu país, e os afligiu, tornando-os escravos. Eles multiplicaram-se mais rapidamente. Tentou destruir os possíveis soldados, ao ordenar a matança de todos os meninos.Nesta ocasião nasceu um menino. Sua mãe o escondeu durante três meses e então o colocou entre as canas nas margens do Rio Nilo. Ele foi achado pela filha do Faraó, que lhe deu o nome de Moisés.. Por quarenta anos ele foi instruído como se fosse filho da filha do Faraó. Sua própria mãe foi contratada para cuidar dele de forma que ele se desenvolveu desde a infância conhecendo a angústia de seu povo.Com quarenta anos Moisés decidiu salvar seu povo; mas Deus tinha outro plano. Moisés matou um egípcio e teve que fugir para salvar sua vida. Nos próximos quarenta anos trabalhou como pastor em Midiã. Então, um dia, Deus apareceu a Moisés em uma sarça ardente e deu-lhe o encargo de voltar ao Egito para salvar os Israelitas.Uma vez mais o espaço proíbe quaisquer detalhes. Como você se lembra, o Faraó recusou soltar o povo. Deus mostrou seu poder sobre a mais poderosa das nações da época, ao enviar dez terríveis pragas, até que os egípcios realmente rogaram aos Israelitas para saírem.Ao invés de dirigir as pessoas diretamente à terra de Canaã, Deus orientou-os para o sudeste, para o Monte Sinai. Lá ele fez uma aliança com eles. Prometeu-lhes ser o seu Deus e deixar que fossem o seu povo, se obedecessem a ele e cumprissem os seus mandamentos. O povo desejava as bênçãos de Deus e rapidamente concordou com a aliança. Deus lhes deu uma lei que especificava exatamente como deviam viver como o povo que ele tinha escolhido.Até esta data, Deus havia falado diretamente aos pais de famílias fiéis. Este sistema (denominado sistema patriarcal) continuou com todos os povos exceto com este grupo especial congregado no Monte Sinai. Deus estava preparando um povo especial para estar pronto para a conclusão de seu plano.Deus demonstrou seu poder e proteção ao seu povo de todas as formas concebíveis. Alimentou-os quando estavam famintos. Deu-lhes água tirada das pedras. Afugentou seus inimigos. Protegeu-os como um pai protege seu filho (Oséias 11:1).Mas, o povo não cumpriu sua parte da aliança. Dentro de seis semanas desde o acordo de obedecer a Deus e cumprir os seus mandamentos, construíram um bezerro de ouro para adoração. Murmuraram quando estavam com sede. Queixaram-se com relação ao maná que Deus havia dado para seu alimento. Mesmo quando haviam atingido a fronteira de Canaã, foram covardes para prosseguir conforme Deus havia ordenado. Enviaram doze espiões para o país. Dez voltaram e declararam que a tarefa seria por demais difícil. Somente Josué e Calebe confiaram no poder de Deus. O povo foi forçado a retroceder para vagar por 40 anos no deserto, até que cada soldado acima de vinte anos de idade morresse exceto Josué e Calebe.Os livros de Êxodo, Levítico, e Números dão a lei de Moisés com detalhes e dizem dos eventos importantes durante esses quarenta anos. Até mesmo Moisés desobedeceu a Deus, em uma ocasião, de forma que não teve permissão para entrar na terra. Deus permitiu-lhe ver a terra do topo do monte Nebo. Lá ele faleceu e foi enterrado pelas mãos de Deus.O livro de Deuteronômio é uma série de discursos que Moisés fez na planície de Moabe, antes de sua morte. Ele encorajou quão o povo ser fiel quando entrasse na terra, para que pudesse prosperar e permanecer na terra, através de toda a geração vindoura. Através de Moisés, Deus prometeu grandes bênçãos ao povo se permanecesse fiel a ele. Por outro lado, alertou sobre as punições, caso se desviasse dele.Ambos os lados da questão, bênçãos e maldições, são absolutamente necessários ao plano de Deus. Deus sempre ofereceu ao homem grandes bênçãos por manter a sua lei e estabeleceu penalidades para a desobediência. Ele então deixou ao homem escolher o que ele quisesse.Josué tornou-se líder em lugar de Moisés. Conduziu o povo através do Rio Jordão para conquistar a terra. Marcharam em volta de Jericó, e por sua fé Deus fez com que os poderosos muros caíssem. Josué e seu exército encontraram a vitória por toda parte. Dentro de poucos anos toda a terra havia sido conquistada e dividida entre as tribos.Duas das promessas feitas a Abraão haviam sido cumpridas, neste ponto da história. Os descendentes de Abraão, de fato, tornaram-se uma nação. Deus os conduziu à vitória para ganharem a terra (Josué 21:43-45). Somente a promessa espiritual estava ainda faltando. Deus estava ainda revelando, gradativamente, o seu plano para a humanidade aprender. Não havia chegado ainda a "plenitude dos tempos".Os Israelitas eram fiéis a Deus sob a liderança de Josué e assim permaneceram durante o tempo em que os mais velhos, que haviam servido com ele, viveram. Mas o homem é fraco. Tão logo as primeiras vitórias foram conseguidas e cada tribo recebeu sua porção de terra, os soldados tornaram-se relapsos. Não expulsaram o restante dos cananeus, como Deus havia dito que fizessem. Quando não o fizeram, Deus permitiu que os cananeus provassem a Israel para ver se a nação lhe seria fiel (Juízes 2:3). Israel fracassou na prova. Pouquíssimo tempo se passou antes que os encontrássemos desviando-se de Deus para adorarem os ídolos de seus vizinhos.O próximo período da história israelita é composto por ciclos. Não houve um único líder durante estes 400 anos, aproximadamente, como tinham sido Moisés e Josué. O povo se voltaria para os ídolos. Deus permitiria que um inimigo os oprimisse. Eles se arrependeriam e clamariam pela ajuda de Deus. Deus então chamaria um juiz ou libertador. Houve quinze desses juízes. Houve Eúde que matou Eglom, rei de Moabe, e levou o povo a sacudir a opressão dos moabitas. Houve Débora que foi com Baraque, o general, para a luta contra Sísera e os cananeus. Houve Gideão que derrotou o inumerável exército de midianitas, com seu pequeno exército de 300 homens. Houve Jefté, que jurou sacrificar a primeira coisa que viesse de sua casa, se fosse bem sucedido na batalha. Houve Sansão, a quem Deus deu uma força sobre humana quando serviu como o exército de um homem só, contra os filisteus.Nosso primeiro exame do período indicaria que houve um tempo de guerras constantes. Isto, todavia, não é comprovado por versículos como Juízes 3:11 e 30 que dizem que a Terra "ficou em paz durante quarenta anos" ou a terra "ficou em paz oitenta anos".A pequena história de Rute ocorre durante o período dos juízes. O livro de Rute é uma história encantadora, de uma moça Moabita que deixou seu lar para acompanhar sua sogra para a terra de Israel. Lá, casou-se com Boaz, um parente próximo de seu falecido marido. É, entretanto, uma história meramente de interesse humano? Havia outras jovens virtuosas em Israel. Havia outros lares felizes. Rute e Boaz tiveram um filho chamado Obede. Este teve um filho chamado Jessé, que teve um filho chamado Davi, que teve um descendente chamado Jesus. Rute foi um elo no plano eterno de Deus!Eli foi sacerdote e juiz no dia em que uma mulher chamada Ana orou intensamente por um filho. Deus concedeu-lhe seu desejo e Samuel nasceu. Ana dedicou seu filho a Deus tão logo ele teve idade suficiente para ajudar Eli no tabernáculo. Samuel é verdadeiramente um dos nomes a serem acrescentados à lista de grandes figuras da Bíblia. Julgou Israel durante uma longa vida.Quando Samuel já era velho, o povo implorava por um rei. Samuel estava muito aflito, mas Deus lhe disse que desse a eles o seu rei. Eles haviam recusado Deus como seu rei ao invés de Samuel, como seu juiz. Sob orientação de Deus, o jovem Saul da tribo de Benjamim foi ungido. Saul era inicialmente muito humilde, mas o orgulho tornou-se a atitude maior de sua vida. Deixou de obedecer a Deus até que, finalmente, Deus recusou sua família como a família dominante.Deus enviou Samuel a Belém para ungir um filho de Jessé como rei. Sete dos filhos de Jessé passaram diante de Samuel e Deus recusou cada um deles. Finalmente o jovem Davi foi chamado do campo e ungido. Davi foi um homem que seguia o coração de Deus (Atos 13:22). Existem cerca de 130 capítulos na Bíblia, cada um dos quais contando a história de Davi ou registrando os Salmos que ele escreveu. Ele era humano e cometia erros tal como outros grandes homens haviam feito. Talvez fiquemos mais impressionados com a sua justiça, à medida que lemos os Salmos de penitência que ele escreveu após o seu pecado com Bate-Seba (veja Salmo 51).Davi queria construir um templo a Deus. Deus enviou Natã, o profeta, para dizer a Davi que ele não poderia fazê-lo, porque era um homem de guerra. Ao invés, Deus prometeu deixar seu filho construir a casa. Deus então prometeu estabelecer o trono de Davi para sempre. Se os seus descendentes pecassem, Deus os puniria "com varas" mas jamais removeria sua misericórdia da linhagem de Davi, como havia feito com Saul (2 Samuel 7:12-16; 1 Crônicas 17:11-14).Até este ponto Deus havia revelado tudo isto de seu plano: Alguém triunfará sobre Satanás. Abençoará todas as famílias da Terra. Ele virá através de Abraão, através de Isaque, através de Jacó, através de Judá, e através de Davi. Reinará no trono de Davi para sempre (Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:3-4; 28:13-14; 49:10; 2 Samuel 7:12-16).Antes de Davi falecer, ele proclamou seu filho Salomão, rei. Deus apareceu ao jovem rei Salomão e disse-lhe que pedisse o que desejasse. Salomão pediu sabedoria. Deus ficou satisfeito e concedeu-lhe sabedoria muito acima do demais, e, além disso, riquezas, honra, paz e longa vida, se vivesse fielmente. Salomão ergueu o templo conforme Deus havia prometido. A fama de sua sabedoria e riqueza espalharam-se. Escreveu os Provérbios, Eclesiastes, e os Cantares de Salomão. A nação de Israel atingiu o seu maior tamanho durante seu reinado. Infelizmente ele se desviou de Deus, por suas muitas esposas.O reino estava em aflição, quando Salomão faleceu. Ele havia sobrecarregado o povo com impostos e o povo queria liberdade. Quando Roboão, seu filho, tornou-se rei, as dez tribos do norte rebelaram-se, porque Roboão não ouvia os seus pedidos de alívio. Jeroboão tornou-se rei na parte norte da terra, desde então denominada Israel. Roboão ficou só com as duas tribos mais ao sul, e ele chamou de Judá seu pequeno reino.A história da nação Israelita havia encerrado outra fase. Israel deixou o Egito como uma vasta multidão de escravos destreinados. Deus moldou, ensinou e reformulou a nação durante os quarenta anos em que vagaram no deserto sob o comando de Moisés. Josué encaminhou uma nação animada e conquistadora para Canaã, a terra prometida. Seguiu-se o período de juízes quando cada homem "fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25). O povo desejava um rei e trabalhou unido, sob a liderança de Saul, Davi, e Salomão So período denominado o Reino Unido. Agora o reino havia se dividido em dois reinos pequenos, por vezes em guerra. Desde este ponto até o restante do Velho Testamento, o povo distanciou-se cada vez mais de Deus.Jeroboão, o Reino do Norte, não queria que os seus sujeitos retornassem ao templo em Jerusalém. Estabeleceu seu próprio sistema de culto: novos deuses, novos sacerdotes, novos dias festivos, novas leis. Nunca houve um rei justo em Israel. A dinastia mudou nove vezes antes do reinado cair. Acabe, com sua esposa cruel Jezabel, destacou-se como um dos reis mais ímpios do período. Elias, Eliseu, Amós, Oséias, e outros profetas foram enviados por Deus para alertar Israel sobre o juízo vindouro. Uma vez mais o espaço não nos permite entrar em detalhes. Finalmente Deus não mais toleraria sua iniqüidade. Em 721 a.C., Deus permitiu que o exército Assírio conquistasse Samaria, a capital de Israel. O povo foi levado cativo. Os estrangeiros foram trazidos para ocuparem a terra. Os estrangeiros casaram-se com a baixa classe de israelitas deixados na terra e tornaram-se a raça mista, odiada, posteriormente denominados Samaritanos.Depois disso, o reino sul de Judá prosseguiu. Seu povo também distanciou-se de Deus. Sua decadência, entretanto, não foi tão rápida como a de Israel porque tiveram alguns reis bons, como Asa, Josafá, Uzias, Ezequias, e Josias. Não há um período mais obscuro na história Israelita do que o reino dividido. Finalmente, esgotou-se a paciência de Deus também por Judá (2 Crônicas 36:15-16). Em 606 a.C., Nabucodonosor da Babilônia levou os primeiros cativos de Jerusalém. Retornou para buscar mais cativos em 597 a.C., e finalmente destruiu a cidade de Jerusalém em 586 a.C. Somente os mais pobres da terra foram deixados, e mesmo eles fugiram para o Egito dentro de poucos meses.Deus se esqueceu de seu plano? Tudo se acabou? Nem por um momento! O povo escolhido de Deus tem que ser punido, mas ele não permitiu que a fraqueza do homem destruísse seu propósito eterno.Você se lembra da promessa a Davi, de que a linhagem real permaneceria em sua família (2 Samuel 7:12-16)? A família dominante foi mudada nove vezes em Israel mas nenhuma só vez em Judá. A providência de Deus forneceu uma descendência direta em cada geração. Em uma ocasião, Atalia, filha de Acabe, tentou destruir toda a semente real e usurpar o trono (2 Reis 11:1-4). O bebê Joás foi escondido por Joiada, o sacerdote, por seis anos, antes de ser levado ao trono. Em outra ocasião, um inimigo destruiu toda a linhagem real, exceto um filho (2 Crônicas 21:16-17). Não foi por acidente que um foi deixado, a cada vez, para ocupar o seu lugar no trono de Davi. Estes reis eram importantes elos de ligação no plano de Deus.A mesma passagem que prometeu que a linhagem real permaneceria na família de Davi, alertou também que seus descendentes seriam punidos, se caíssem em iniqüidade. A punição que veio a casa de Judá foi tanto uma parte do plano de Deus quanto as bênçãos que eles poderiam ter recebido se permanecessem justos.O período que normalmente chamamos de cativeiro permaneceu por setenta anos. É contado desde o momento em que o primeiro grupo de cativos foi retirado do reino de Judá até o primeiro grupo teve permissão de retornar à casa.Os escritos dos profetas Daniel e Ezequiel contam sobre este período. Daniel foi treinado para servir na corte dos reis. Deteve cargos de alta autoridade sob Nabucodonosor e então sob Dario, dos medos e dos persas. Ezequiel viveu no meio do povo comum e nos dá uma visão de suas vidas nesse período.Jeremias, o profeta, havia predito que o cativeiro duraria por setenta anos (Jeremias 25:11). E de fato os primeiros cativos haviam sido levados em 606 a.C.. Em 539 a.C., a Babilônia caiu diante dos Medos e dos Persas. O rei Ciro decretou que todos os povos cativos poderiam retornar a suas casas de origem. Desta forma, em 536 a.C., exatamente setenta anos depois dos primeiros cativos terem sido retirados de Judá, um grupo de judeus começou sua viagem para a terra natal. Zorobabel liderou este primeiro grupo. Seu objetivo principal era reconstruir o templo em Jerusalém.Conforme usual em qualquer tarefa de peso, o povo imediatamente defrontou-se com a oposição. Os vizinhos samaritanos interferiram e finalmente conseguiram parar a construção do templo. Por dezesseis anos nada foi feito. Os profetas Ageu e Zacarias encorajaram o povo a começar seu trabalho. O templo foi finalmente concluído, mas o povo não permaneceu fiel a Deus.Esdras trouxe outro grupo de volta a Jerusalém. Determinou-se a restaurar a adoração do povo (458 a.C.). Não muito depois, Neemias soube que a cidade ainda estava em angústia. Recebeu permissão do rei da Pérsia para reconstruir os muros de Jerusalém. Ele e o povo trabalharam duro e concluíram a enorme tarefa em apenas 52 dias.Neemias e Esdras parecem ter trabalhado em conjunto para persuadir o povo a livrar-se de suas esposas estrangeiras e retornarem à fidelidade em Deus.A porcentagem de judeus que retornaram a sua terra nativa era efetivamente pequena. Por esta ocasião havia judeus espalhados por todo o mundo que naquela época era conhecido. Deus não se esqueceu de seu povo, onde quer que vivessem. O livro de Ester mostra como Deus podia exercer a sua providência mesmo na corte de um rei persa, de modo a salvar o seu povo.Os Israelitas eram fiéis a Deus sob a liderança de Josué e assim permaneceram durante o tempo em que os mais velhos, que haviam servido com ele, viveram. Mas o homem é fraco. Tão logo as primeiras vitórias foram conseguidas e cada tribo recebeu sua porção de terra, os soldados tornaram-se relapsos. Não expulsaram o restante dos cananeus, como Deus havia dito que fizessem. Quando não o fizeram, Deus permitiu que os cananeus provassem a Israel para ver se a nação lhe seria fiel (Juízes 2:3). Israel fracassou na prova. Pouquíssimo tempo se passou antes que os encontrássemos desviando-se de Deus para adorarem os ídolos de seus vizinhos.O próximo período da história israelita é composto por ciclos. Não houve um único líder durante estes 400 anos, aproximadamente, como tinham sido Moisés e Josué. O povo se voltaria para os ídolos. Deus permitiria que um inimigo os oprimisse. Eles se arrependeriam e clamariam pela ajuda de Deus. Deus então chamaria um juiz ou libertador. Houve quinze desses juízes. Houve Eúde que matou Eglom, rei de Moabe, e levou o povo a sacudir a opressão dos moabitas. Houve Débora que foi com Baraque, o general, para a luta contra Sísera e os cananeus. Houve Gideão que derrotou o inumerável exército de midianitas, com seu pequeno exército de 300 homens. Houve Jefté, que jurou sacrifícar a primeira coisa que viesse de sua casa, se fosse bem sucedido na batalha. Houve Sansão, a quem Deus deu uma força sobre-humana quando serviu como o exército de um homem só, contra os filisteus.Nosso primeiro exame do período indicaria que houve um tempo de guerras constantes. Isto, todavia, não é comprovado por versículos como Juízes 3:11 e 30 que dizem que a Terra "ficou em paz durante quarenta anos" ou a terra "ficou em paz oitenta anos".A pequena história de Rute ocorre durante o período dos juízes. O livro de Rute é uma história encantadora, de uma moça Moabita que deixou seu lar para acompanhar sua sogra para a terra de Israel. Lá, casou-se com Boaz, um parente próximo de seu falecido marido. É, entretanto, uma história meramente de interesse humano? Havia outras jovens virtuosas em Israel. Havia outros lares felizes. Rute e Boaz tiveram um filho chamado Obede. Este teve um filho chamado Jessé, que teve um filho chamado Davi, que teve um descendente chamado Jesus. Rute foi um elo no plano eterno de Deus!Eli foi sacerdote e juiz no dia em que uma mulher chamada Ana orou intensamente por um filho. Deus concedeu-lhe seu desejo e Samuel nasceu. Ana dedicou seu filho a Deus tão logo ele teve idade suficiente para ajudar Eli no tabernáculo. Samuel é verdadeiramente um dos nomes a serem acrescentados à lista de grandes figuras da Bíblia. Julgou Israel durante uma longa vida.Quando Samuel já era velho, o povo implorava por um rei. Samuel estava muito aflito, mas Deus lhe disse que desse a eles o seu rei. Eles haviam recusado Deus como seu rei ao invés de Samuel, como seu juiz. Sob orientação de Deus, o jovem Saul da tribo de Benjamim foi ungido. Saul era inicialmente muito humilde, mas o orgulho tornou-se a atitude maior de sua vida. Deixou de obedecer a Deus até que, finalmente, Deus recusou sua família como a família dominante.Deus enviou Samuel a Belém para ungir um filho de Jessé como rei. Sete dos filhos de Jessé passaram diante de Samuel e Deus recusou cada um deles. Finalmente o jovem Davi foi chamado do campo e ungido. Davi foi um homem que seguia o coração de Deus (Atos 13:22). Existem cerca de 130 capítulos na Bíblia, cada um dos quais contando a história de Davi ou registrando os Salmos que ele escreveu. Ele era humano e cometia erros tal como outros grandes homens haviam feito. Talvez fiquemos mais impressionados com a sua justiça, à medida que lemos os Salmos de penitência que ele escreveu após o seu pecado com Bate-Seba (veja Salmo 51). Davi queria construir um templo a Deus. Deus enviou Natã, o profeta, para dizer a Davi que ele não poderia fazê-lo, porque era um homem de guerra. Ao invés, Deus prometeu deixar seu filho construir a casa. Deus então prometeu estabelecer o trono de Davi para sempre. Se os seus descendentes pecassem, Deus os puniria "com varas" mas jamais removeria sua misericórdia da linhagem de Davi, como havia feito com Saul (2 Samuel 7:12-16; 1 Crônicas 17:11-14).Até este ponto Deus havia revelado tudo isto de seu plano: Alguém triunfará sobre Satanás. Abençoará todas as famílias da Terra. Ele virá através de Abraão, através de Isaque, através de Jacó, através de Judá, e através de Davi. Reinará no trono de Davi para sempre (Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:3-4; 28:13-14; 49:10; 2 Samuel 7:12-16).Antes de Davi falecer, ele proclamou seu filho Salomão, rei. Deus apareceu ao jovem rei Salomão e disse-lhe que pedisse o que desejasse. Salomão pediu sabedoria. Deus ficou satisfeito e concedeu-lhe sabedoria muito acima do demais, e, além disso, riquezas, honra, paz e longa vida, se vivesse fielmente. Salomão ergueu o templo conforme Deus havia prometido. A fama de sua sabedoria e riqueza espalharam-se. Escreveu os Provérbios, Eclesiastes, e os Cantares de Salomão. A nação de Israel atingiu o seu maior tamanho durante seu reinado. Infelizmente ele se desviou de Deus, por suas muitas esposas. O reino estava em aflição, quando Salomão faleceu. Ele havia sobrecarregado o povo com impostos e o povo queria liberdade. Quando Roboão, seu filho, tornou-se rei, as dez tribos do norte rebelaram-se, porque Roboão não ouvia os seus pedidos de alívio. Jeroboão tornou-se rei na parte norte da terra, desde então denominada Israel. Roboão ficou só com as duas tribos mais ao sul, e ele chamou de Judá seu pequeno reino.A história da nação Israelita havia encerrado outra fase. Israel deixou o Egito como uma vasta multidão de escravos destreinados. Deus moldou, ensinou e reformulou a nação durante os quarenta anos em que vagaram no deserto sob o comando de Moisés. Josué encaminhou uma nação animada e conquistadora para Canaã, a terra prometida. Seguiu-se o período de juízes quando cada homem "fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25). O povo desejava um rei e trabalhou unido, sob a liderança de Saul, Davi, e Salomão So período denominado o Reino Unido. Agora o reino havia se dividido em dois reinos pequenos, por vezes em guerra. Desde este ponto até o restante do Velho Testamento, o povo distanciou-se cada vez mais de Deus.Jeroboão, o Reino do Norte, não queria que os seus sujeitos retornassem ao templo em Jerusalém. Estabeleceu seu próprio sistema de culto: novos deuses, novos sacerdotes, novos dias festivos, novas leis. Nunca houve um rei justo em Israel. A dinastia mudou nove vezes antes do reinado cair. Acabe, com sua esposa cruel Jezabel, destacou-se como um dos reis mais ímpios do período. Elias, Eliseu, Amós, Oséias, e outros profetas foram enviados por Deus para alertar Israel sobre o juízo vindouro. Uma vez mais o espaço não nos permite entrar em detalhes. Finalmente Deus não mais toleraria sua iniqüidade. Em 721 a.C., Deus permitiu que o exército Assírio conquistasse Samaria, a capital de Israel. O povo foi levado cativo. Os estrangeiros foram trazidos para ocuparem a terra. Os estrangeiros casaram-se com a baixa classe de israelitas deixados na terra e tornaram-se a raça mista, odiada, posteriormente denominados Samaritanos.Depois disso, o reino sul de Judá prosseguiu. Seu povo também distanciou-se de Deus. Sua decadência, entretanto, não foi tão rápida como a de Israel porque tiveram alguns reis bons, como Asa, Josafá, Uzias, Ezequias, e Josias. Não há um período mais obscuro na história Israelita do que o reino dividido. Finalmente, esgotou-se a paciência de Deus também por Judá (2 Crônicas 36:15-16). Em 606 a.C., Nabucodonosor da Babilônia levou os primeiros cativos de Jerusalém. Retornou para buscar mais cativos em 597 a.C., e finalmente destruiu a cidade de Jerusalém em 586 a.C. Somente os mais pobres da terra foram deixados, e mesmo eles fugiram para o Egito dentro de poucos meses.Deus se esqueceu de seu plano? Tudo se acabou? Nem por um momento! O povo escolhido de Deus tem que ser punido, mas ele não permitiu que a fraqueza do homem destruísse seu propósito eterno.Você se lembra da promessa a Davi, de que a linhagem real permaneceria em sua família (2 Samuel 7:12-16)? A família dominante foi mudada nove vezes em Israel mas nenhuma só vez em Judá. A providência de Deus forneceu uma descendência direta em cada geração. Em uma ocasião, Atalia, filha de Acabe, tentou destruir toda a semente real e usurpar o trono (2 Reis 11:1-4). O bebê Joás foi escondido por Joiada, o sacerdote, por seis anos, antes de ser levado ao trono. Em outra ocasião, um inimigo destruiu toda a linhagem real, exceto um filho (2 Crônicas 21:16-17). Não foi por acidente que um foi deixado, a cada vez, para ocupar o seu lugar no trono de Davi. Estes reis eram importantes elos de ligação no plano de Deus.A mesma passagem que prometeu que a linhagem real permaneceria na família de Davi, alertou também que seus descendentes seriam punidos, se caíssem em iniqüidade. A punição que veio a casa de Judá foi tanto uma parte do plano de Deus quanto as bênçãos que eles poderiam ter recebido se permanecessem justos.O período que normalmente chamamos de cativeiro permaneceu por setenta anos. É contado desde o momento em que o primeiro grupo de cativos foi retirado do reino de Judá até o primeiro grupo teve permissão de retornar à casa.Os escritos dos profetas Daniel e Ezequiel contam sobre este período. Daniel foi treinado para servir na corte dos reis. Deteve cargos de alta autoridade sob Nabucodonosor e então sob Dario, dos medos e dos persas. Ezequiel viveu no meio do povo comum e nos dá uma visão de suas vidas nesse período.Jeremias, o profeta, havia predito que o cativeiro duraria por setenta anos (Jeremias 25:11). E de fato os primeiros cativos haviam sido levados em 606 a.C.. Em 539 a.C., a Babilônia caiu diante dos Medos e dos Persas. O rei Ciro decretou que todos os povos cativos poderiam retornar a suas casas de origem. Desta forma, em 536 a.C., exatamente setenta anos depois dos primeiros cativos terem sido retirados de Judá, um grupo de judeus começou sua viagem para a terra natal. Zorobabel liderou este primeiro grupo. Seu objetivo principal era reconstruir o templo em Jerusalém.Conforme usual em qualquer tarefa de peso, o povo imediatamente defrontou-se com a oposição. Os vizinhos samaritanos interferiram e finalmente conseguiram parar a construção do templo. Por dezesseis anos nada foi feito. Os profetas Ageu e Zacarias encorajaram o povo a começar seu trabalho. O templo foi finalmente concluído, mas o povo não permaneceu fiel a Deus.Esdras trouxe outro grupo de volta a Jerusalém. Determinou-se a restaurar a adoração do povo (458 a.C.). Não muito depois, Neemias soube que a cidade ainda estava em angústia. Recebeu permissão do rei da Pérsia para reconstruir os muros de Jerusalém. Ele e o povo trabalharam duro e concluíram a enorme tarefa em apenas 52 dias.Neemias e Esdras parecem ter trabalhado em conjunto para persuadir o povo a livrar-se de suas esposas estrangeiras e retornarem à fidelidade em Deus.A porcentagem de judeus que retornaram a sua terra nativa era efetivamente pequena. Por esta ocasião havia judeus espalhados por todo o mundo que naquela época era conhecido. Deus não se esqueceu de seu povo, onde quer que vivessem. O livro de Ester mostra como Deus podia exercer a sua providência mesmo na corte de um rei persa, de modo a salvar o seu povo.O profeta Amós havia predito que viria um dia de fome, não de pão nem de água, mas sim, uma fome de ouvir as palavras do Senhor (Amós 8:11). Este tempo chegou com Malaquias, que profetizou aproximadamente na mesma ocasião que Neemias e Esdras.Talvez tenhamos nosso quadro mais claro da condição espiritual do povo durante este período a partir dos escritos de Malaquias. Passaram então por uma forma de adoração mas seus corações não estavam nela. Malaquias encerra o seu livro declarando que viria alguém na forma de Elias para preparar o caminho "antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR" (Malaquias 4:5). Os profetas predisseram informações adicionais sobre aquele que estava por vir, mas ele não era ainda mais do que uma personagem obscura, então.Agora, completo silêncio. A cortina caiu sobre o palco divino e quatrocentos anos se passaram sem nenhuma comunicação registrada de Deus. Havia ele mudado seu pensamento? Havia sido esquecido seu propósito?A Babilônia caiu antes de encerrar-se o Antigo Testamento. O império Medo-Persa havia caído cerca de cem anos após o livro de Malaquias ter sido escrito. Alexandre, o Grande, liderou os gregos para a conquista do mundo. Anos se passaram e Roma, o quarto império mundial desde os dias de Daniel subiu ao poder. A profecia de Deus havia sido de que, nos dias deste império, ele estabeleceria o seu reino, que jamais seria destruído (Daniel 2:44). "A plenitude dos tempos" havia chegado (Gálatas 4:4).A cortina sobe novamente para encontrarmos um velho sacerdote de nome Zacarias servindo no templo. Subitamente, o anjo Gabriel estava diante dele, a primeira comunicação de Deus desde Malaquias. Zacarias recebeu as novas de que ele seria o pai de João, o precursor que foi predito por Malaquias.Cerca de seis meses depois, o mesmo anjo apareceu a uma jovem virgem chamada Maria. Disse-lhe que ela teria um filho concebido do Espírito Santo. Este seria Jesus, o Salvador; Emanuel, Deus conosco; Cristo, o Ungido; o Verbo, feito carne para habitar entre os homens.É este, o divino Filho de Deus, que veio para resumir todo este plano glorioso de Deus. Ele é aquele que cumpre as promessas e profecias. Ele é aquele que ofereceu o sacrifício da morte pelo pecado para que o homem pudesse viver, apesar de sua fraqueza. Ele é aquele que deu a lei perfeita da liberdade, para que o homem pudesse viver uma nova vida, plena de esperança. Ele é aquele que é a plenitude de toda Bíblia. Não haveria Bíblia, nenhum plano, nenhuma esperança para o homem sem este Jesus.Mateus, Marcos, Lucas e João foram escritos para que pudéssemos entender e crer que este Jesus cumpre toda qualificação jamais estabelecida por Deus. Ele era de fato o "Cristo, o filho do Deus vivo". Viveu uma vida perfeita para mostrar ao homem o que Deus pretendia. Morreu para pagar o preço do pecado. Foi ressuscitado para ser as primícias dos que dormiam. Foi coroado no próprio céu para reinar no trono de Davi, à direita de Deus.Um pouco antes de Jesus retornar ao paraíso, ele disse aos seus díscipulos "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). A palavra "evangelho" diz literalmente "boas novas". Em outras palavras, Jesus estava dizendo aos seus discípulos que espalhassem as boas novas. Vão dizer ao mundo que o prometido chegou. Vão dizer a todas as pessoas que há esperança de perdão, há esperança de um lar no céu. Vão dizer ao mundo que o homem pode reconciliar-se com Deus. Vão dizer ao mundo que o plano de Deus para redenção foi revelado.Os apóstolos receberam o Espírito Santo para orientá-los à medida que iam por todo o mundo, para falar às pessoas sobre este plano glorioso de Deus. O livro de Atos nos dá uma visão do tipo de trabalho que foi feito.Ao final do primeiro século, a nova lei, a lei de Cristo, havia sido inteiramente revelada e escrita para a humanidade ler, entender e aceitar (Efésios 3:1-12). As leis e normas foram dadas para nos orientar em moldar nossas vidas para sermos como Cristo e para participarmos da natureza divina (2 Pedro 1:4).Os profetas do Velho Testamento queriam ver o final do quadro (1 Pedro 1:10-12). Temo-lo todo revelado agora em Cristo. As pessoas desta era são herdeiros das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó (Atos 3:24_25). Não há outra bênção espiritual que possamos pedir.O plano glorioso e eterno de Deus está pronto para que o aceitemos. É nossa opção. Podemos aceitar seus termos e herdarmos as bênçãos ou podemos recusar seus termos e estaremos perdidos e sem esperança no mundo. A vida na terra é um breve período de provação, para se ver quais homens podem viver no paraíso com Deus, na eternidade.O Novo Testamento encerra-se com um livro de vitória. O Apocalipse prediz a vitória final de Cristo sobre Satanás, no dia do julgamento.Toda a Bíblia é a história de Cristo, a plenitude do plano da redenção!Temos olhado este plano majestoso que Deus revelou ao homem. Temos olhado nossa esperança. Temos olhado o homem, uma alma viva feita à imagem de Deus, feita para a glória de Deus (Isaías 43:7), capaz de escolher pela justiça, mais feliz quando em companhia de Deus, e não obstante pequeno em sua força para resistir à tentação; incapaz de pagar o preço do pecado por si próprio.Surge agora outra questão: Por que o longo período entre a criação e a realização do plano de Deus? Deus já tinha pronto um plano para resgatar o homem caso este pecasse (1 Coríntios 2:7; Efésios 3:10-11). Então por que esperar? Por que não revelar a Adão, no dia em que ele pecou?O homem jamais teria entendido o valor da salvação. Havia lições demais, que o homem somente poderia aprender pela experiência.A humanidade tinha que aprender a necessidade das bênçãos de Deus. O que significa "perdido"? A serpente convenceu Eva de que as vantagens, ao comer o fruto, superariam quaisquer desvantagens que pudessem ocorrer. Para seu pavor, ela e Adão aprenderam que isto significava o medo e a vergonha, imediatamente. Significava deixar o seu paraíso terrestre. Significava a dor, a tristeza, a morte, a separação de Deus, além de todos os demais males que poderiam ser citados. Toda a história Israelita prova repetidamente que a perda do favor de Deus significava a fome, a aflição de inimigos e a punição de várias formas.Os homens tinham que aprender quão inútil a vida é sem Deus. O livro de Eclesiastes fala de uma experiência pelo sábio Salomão. Começou a determinar qual é o propósito da vida sob o sol. Teve a riqueza para que pudesse tentar qualquer coisa que escolhesse além da sabedoria para ver a conclusão de cada coisa que tentasse. Tentou o riso e o prazer. Concedeu a si próprio todo o desejo de seu coração. Mas foi inútil como meta. Tentou achar o valor em viver pelo trabalho diligente. Fez obras poderosas. Mas que valor teve? Poderia ele comer mais do que um pobre? Se construísse um vasto império, morreria como um escravo e deixaria este reino para que um filho insensato o herdasse. Viu que não havia valor no trabalho exceto o puro prazer de fazê-lo. Tentou acumular conhecimento. Este era de mais valor que o riso; mas onde terminou? Após reunir todo o conhecimento e sabedoria ele morreria exatamente da forma como morre o ignorante. Chegou à única conclusão possível: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem" (Eclesiastes 12:13). Isto é tudo que dá à vida sob o sol qualquer significado.O homem tinha que aprender o quão desamparado ele é ao tentar ganhar as bênçãos de Deus por si próprio. A humanidade não manteria nem mesmo o mais simples código patriarcal, quando Deus falasse diretamente aos fiéis pais das famílias. As leis eram muito poucas e muito simples. Mas, sob este sistema, a humanidade tornou-se tão iníqua que Deus destruiu o mundo com um dilúvio.Talvez o homem precisasse de mais leis para que soubesse exatamente qual caminho seguir. Talvez o homem pudesse manter leis suficientes para merecer o galardão como pagamento. Assim Deus deu aos Israelitas no Monte Sinai a lei de Moisés, que tinha muitas, muitas leis e tinha muitos sacrifícios e cerimônias para os homens cumprirem.Ao invés de tornar o homem mais virtuoso, o pecado abundava, porque haviam mais leis a violar (Romanos 5:20). A lei tornou-se uma maldição, ao invés de uma bênção, por causa da fraqueza do homem em mantê-la (Gálatas 3:10-12). De fato, a lei ensinou ao homem o que era pecado (Romanos 7:7-8).Ao mesmo tempo que os judeus estavam fracassando no cumprimento de sua difícil lei, os gentios estavam ainda sob a simples lei Patriarcal. Afastaram-se tanto de Deus que ele finalmente lhes deu uma mente indesculpável (Romanos 1:20 e seguintes).Romanos 1, 2 e 3 descrevem como os gentios desistiram de conhecer a Deus, como os judeus foram tão iníquos quanto os gentios e então vem a conclusão final. Ninguém pode ser salvo por seu próprio mérito.Agora, após reconhecer este fato, o que poderia o homem fazer, depois de pecar? Que oferenda poderia eu, como uma minúscula parte da criação, oferecer a Deus, o Criador? Jesus disse que, depois de havermos feito tudo, seriamos ainda servos inúteis (Lucas 17:10). Moisés percebeu sua pequenez perante Deus, em uma ocasião em que pedia em nome de Israel: "Ora, o povo cometeu grande pecado.... Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste" (Êxodo 32:31-32). O que poderia Moisés oferecer a Deus, pelo seu perdão?Há um verdadeiro rio de sangue de sacrifícios, que corre por todo o Antigo Testamento. Examine 1 Reis 8 para ver os sacrifícios oferecidos em apenas um dia. Mas isto não era suficiente. O sangue de touros e bodes jamais poderia ter valor suficiente para pagar a fraqueza da humanidade (Hebreus 10:4).A lei ofereceu a justiça perante Deus, apenas pela perfeição em obedecer seus mandamentos. A lei não ofereceu nenhuma outra forma de se obter o perdão, até mesmo por um erro (Romanos 3:20). Cometeu ele um erro em dar tal lei? Jamais! O homem tinha que ser convencido de que não tinha esperança neste mundo, sem o auxílio de Deus.Por isso, o homem necessita das bênçãos de Deus. O homem está perdido em pecado. Não há nada que o homem possa fazer para salvar-se. Deus oferece uma saída. Mas, cumprirá ele suas promessas? Se ele me promete uma grande recompensa e eu passo minha vida tentando viver justamente, deixará ele de manter sua palavra em dar-me tal recompensa? Ou, se ele ameaçar severa punição no Inferno, se eu deixar de obedecer, tenho eu qualquer base de esperança de que ele se esquecerá e me deixará entrar impune?Toda a revelação do plano de Deus mostra-me, por todos os aspectos, que, de fato, "não retarda o Senhor a sua promessa..." (2 Pedro 3:9-10). Deus deseja que todos os homens sejam salvos; mas, chegará um dia em que todos estarão em julgamento perante ele. O justo herdará a vida eterna, mas os injustos serão enviados para punição eterna.Vimos, pela história da Bíblia, que Deus manteve todas as suas promessas a Abraão. Manteve sua promessa a Davi. Manteve também sua promessa quanto ao pecado. Talvez um caso particular provaria este ponto. Os Amalequitas vieram contra os Israelitas quando estes acabaram de sair do Egito. Deus fez sua batalha naquele dia.Prometeu ele então que chegaria o dia em que o nome de Amaleque seria inteiramente destruído (Êxodo 17:8-14). Centenas de anos se passaram. Finalmente, chegou o dia em que Deus enviou por Samuel ordem para Saul destruir inteiramente os Amalequitas (I Samuel 15). Deus manteve sua promessa!Deus é paciente, mas há um momento em que a paciência se torna um sinal de indiferença. A paciência de Deus pode se esgotar. Você se lembra da história do dilúvio, quando Deus não mais tolerou o homem. A nação de Israel tornou-se tão iníqua, que a paciência de Deus esgotou-se e eles foram punidos. Deus esperou até que não houvesse remédio algum para a nação de Judá, e então o seu julgamento ocorreu (2 Crônicas 36:14 e seguintes).Deus não faz acepção de pessoas (Romanos 2:11). Como posso examinar a história dos tratos de Deus com a humanidade e esperar que ele trate de forma diferente comigo? Uma mentira de Deus iria contradizer o próprio conceito de Divindade (Hebreus 6:18). Deus ofereceu-me um galardão mais glorioso do que posso compreender, se eu aceitar as suas condições. Se não aceitá-las, ele prometeu uma punição mais terrível do que posso compreender. Ambos os lados da questão são verdadeiros,quer na minha insignificância eu aceite ou não, e não posso esperar ser tratado de qualquer outra forma.O homem teve que aprender a própria linguagem da redenção. Teve que aprender o significado de perdido para que pudesse aprender o significado de salvo. O homem teve que aprender o significado do perdão.Teve que aprender como Deus lhe ofereceu reconciliação em Cristo. Deus está no mesmo lugar em que estava no dia em que criou Adão. Mas Adão caiu daquele lugar. Cada homem nascido desde Adão pecou e, portanto, decaiu do favor de Deus. Agora, através de Cristo, o homem pode reconciliar-se ou recobrar o favor de Deus.O homem teve que aprender o que era um sacrifício, para que pudesse ver o valor do sacrifício de Cristo. O único sacrifício de Cristo em lugar do homem faz o que o rio de sangue dos sacrifícios de animais jamais poderia fazer. Cristo veio como nosso Sumo Sacerdote, nosso Mediador, para interceder por nós perante o próprio Deus!Cristo encontrou todas as necessidades que o Antigo Testamento ensinou ao homem. Veio e viveu sob a difícil lei de Moisés, e viveu perfeitamente. Ele provou, desta forma, que era fraqueza do homem e não fraqueza do plano. Expiou ele, então, pelas fraquezas do homem, ao dar uma lei efetiva. É dele a "lei perfeita da liberdade" (Tiago 1:25). Há detalhes e mandamentos nesta lei que eu simplesmente tenho que cumprir. Mas, quando eu tento de tudo, e falho pela minha fraqueza, eu tenho um "Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1 João 2:1). Ele é a propiciação pelos meus pecados.Sim, eu tenho que aceitar as condições de Deus. Tenho que acreditar em sua palavra. Tenho que arrepender-me de meus pecados, confessar seu nome diante dos homens e ser batizado para tornar-me filho de Deus. Então, tenho que viver o resto de minha vida imitando a natureza de Cristo, da melhor forma que puder. Mas, não seria mais apropriado dizer que tenho a permissão de cumprir as condições de Deus?

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